Santa Rosa (30/09/2010) - Deflagrada na segunda-feira, 27 de setembro, a Operação Papa-Laranja entra no seu terceiro dia de execução contabilizando 308 pássaros apreendidos em 13 Autos de Infração lavrados, num total de R$ 719,5 mil em multas.
A ação se concentra na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em municípios como Santa Rosa, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Três de Maio e Alegria, próximos ao Rio Uruguai, divisa internacional com a Argentina. Por se tratar de área de fronteira, o comércio e o tráfico de animais silvestres são atividades comuns. Os passeriformes, capturados diretamente da natureza tanto na região como no país vizinho, são vendidos para estados como São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso.
O objetivo principal da operação é identificar e coibir a ação dos criminosos que, cadastrados como criadores amadores de passeriformes ou utilizando criadores “laranjas”, registrados e autorizados pelo Ibama, desvirtuam a atividade ao receberem animais capturados diretamente do ambiente. “Nesta operação ficou evidenciado que depois de capturados, os pássaros são marcados com anilhas falsas ou adulteradas, e comercializados entre os criadores, principalmente para outros estados do Brasil, acobertados por uma criação dita amadora, que não gera divisas para os cofres públicos e impacta de forma extremamente lesiva o meio ambiente”, diz Régis Fontana Pinto, responsável pela Divisão de Controle e Fiscalização Ambiental – Dicof do Ibama/RS.
“Chama a atenção a grande quantidade de animais raros e ameaçados de extinção encontrados em poder dos criadores” conta a Responsável pelo Núcleo de Fauna do Ibama/RS, Fernanda Rauber. A Bióloga Gisele Pinheiro, também do Núcleo de Fauna completa: “Alguns animais do gênero Sporophila, popularmente chamados de caboclinhos, são tão raros que até os pesquisadores tem dificuldade de encontrar os espécimes, e em apenas um dos criadores vistoriados encontramos mais de 20 exemplares”.
A Operação Papa-Laranja teve os seus alvos investigados durante mais de seis meses pelo setor de inteligência do Ibama/RS que, a partir de informações constantes no Sistema Sispass, e do cruzamento de dados provenientes de denúncias, conseguiu focar um número factível de criadores a serem vistoriados dentro do universo de 13 mil criadores no Rio Grande do Sul.
O sucesso da operação também se deve ao apoio dado pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Santa Rosa, que propiciou local e cuidados adequados para os animais apreendidos até os mesmos serem destinados, além de colaborar na segurança da equipe do Ibama.
Durante a operação também foram constatados crimes de caça e maus tratos. Todos os infratores, além da multa pecuniária, terão suas licenças de criadores amadores suspensas, além de responderem pelos seus crimes na justiça federal.
Ibama/RS
Fonte de pesquisa: http://bve.cibec.inep.gov.br/ac_rap.asp?cat=134&nome=Educação%20Ambiental
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Avalanche criminosa (trecho)-Matéria da Professoura Valnice.
Acharam o Marquinhos! O Marquinhos tá vivo! Todos sobem a rua correndo e gritando. Estão felizes, e alguns batem palmas. A chuva cai fina e a água escorre em filetes pela rua íngreme que dá acesso ao Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, um bairro no centro do Rio de Janeiro com algumas das vistas mais espetaculares da cidade, para a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor. Na véspera, o morro encharcado por dias seguidos de temporais deslizara, levando dez casas. Na rua de paralelepípedos, fragmentos de vidas. Um sapatinho azul de criança com o decalque de um urso panda. Uma boneca desmembrada. Um álbum de fotos.
Marcus Vinicius França da Mata, de 8 anos, foi soterrado por uma infeliz coincidência. Sua mãe, Rose da Mata, levou-o para a casa da tia, achando que sua própria casa estava em risco. Meia hora depois, a casa da tia foi abaixo. Os bombeiros ouviram o menino gritando seu próprio nome e pedindo “me tira daqui” sob os escombros. O risco de novos desabamentos, com a chuva persistente, suspendeu o resgate. Pela manhã, ninguém mais o ouviu. Muitos ainda acreditavam num milagre.
Marcus Vinicius França da Mata, de 8 anos, foi soterrado por uma infeliz coincidência. Sua mãe, Rose da Mata, levou-o para a casa da tia, achando que sua própria casa estava em risco. Meia hora depois, a casa da tia foi abaixo. Os bombeiros ouviram o menino gritando seu próprio nome e pedindo “me tira daqui” sob os escombros. O risco de novos desabamentos, com a chuva persistente, suspendeu o resgate. Pela manhã, ninguém mais o ouviu. Muitos ainda acreditavam num milagre.
“Ah, muleque. Eu sabia que você ia sair dessa”, diz um rapaz, ao ver o menino ser retirado. Ao chegar à casa, o grupo emudece. Marquinhos estava morto. Os bombeiros entregam o corpo ao pai, Valmir, num edredom. “Meu filho, minha vida, eu te amo”, grita Valmir, aos prantos. A comoção toma conta até daqueles acostumados a situações extremas. Bombeiros choraram. “Era a razão da minha vida tirar esse garoto. Não consegui”, disse o sargento Luiz Carlos dos Santos Lira.
Todo o Estado do Rio de Janeiro parou para chorar, na semana passada, sua maior tragédia das últimas décadas. Mudaram as cores e os humores. Do céu azul fez-se o cinza. Do mar e da lagoa fez-se um lodo barrento e revoltado que afogou o espírito otimista do carioca. Das montanhas que encantam os turistas, fez-se o horror das s perdas de vidas. Contavam-se 212 mortos até a tarde da sexta-feira, mas ainda havia 150 desaparecidos no deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói. Os desabrigados eram 23 mil.
A morte de Marquinhos foi uma fatalidade? Culpa do aquecimento global? O Rio de Janeiro poderia ter previsto a absurda intensidade da chuva? A cidade de geografia complicada, espremida entre rochas e mar, paga o preço pela beleza ou pela incompetência histórica das autoridades? O que torna uma chuva de 24 horas no Rio mais mortal do que 40 dias de temporal em São Paulo? As autoridades alertaram a população e reagiram com a agilidade necessária? Conseguirá a cidade no futuro poupar a população do desespero? Resolveremos o problema do lixo que entope os bueiros? O Rio poderá sediar eventos esportivos internacionais com um Maracanã que vira um lago? Quais são as lições dessa tragédia? Aprendemos algo ou vamos esquecer tudo no primeiro domingo de sol, samba, suor e cerveja? ÉPOCA preparou um questionário que esclarece essas e outras dúvidas. quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Canadá será o primeiro a produzir Biocombustiveldo lixo
A cidade de Edmonton, na província de Alberta, está construindo a primeira usina de biocombustível do mundo movida a lixo. O município já é campeão de reciclagem. Lá, 60% dos resíduos ou são reaproveitados na indústria ou levados para um enorme centro municipal de compostagem. Os 40% restantes serão usados na nova empreitada. Ela transformará 100 mil toneladas métricas de lixo em 36 milhões de litros de etanol. Isso repres enta um corte na emissão de gases do efeito estufa semelhante a tirar 42 mil carros das ruas.
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